Crônica: Maringá foi a Minas... e voltou com a marmita vazia
Olha, torcer pro Maringá FC é um exercício espiritual. Requer fé, paciência e um bom estoque de boldo. Porque quando a gente acha que vai dar, vem a vida – ou o Atlético Mineiro – e diz: "Calma, querido".
Ontem, na Copa do Brasil, lá estávamos nós: ajeitados no sofá, chimarrão de um lado, pipoca do outro, coração esperançoso no meio. O primeiro tempo até que foi digno! Maringá guerreiro, marcando forte, jogando com aquele jeitinho paranaense de quem sabe que cada gota de suor vale mais que salário em dia. O Atlético tentava, mas nossa zaga resistia como quem segura guarda-chuva em vendaval na Colombo.
Mas aí, justo aos 45 minutos do primeiro tempo, quando o juiz já tava com o apito no beiço pra encerrar, o tal do Rubens achou espaço e fez o gol. Gol de mineiro é assim: quietinho, de mansinho, chega com um pão de queijo e leva seu sonho embora.
A gente ainda achava que dava pra virar. "Só dois gols", dizíamos, como quem diz "só duas parcelas atrasadas da conta de luz". Mas veio o segundo tempo e, com ele, a triste realidade: o Galo virou águia, avião, míssil balístico. Aos 7 minutos, Patrick fez o segundo. Ali já começou a bater aquela sensação de que não ia dar. Tipo quando você olha pro boletim do filho e vê que a recuperação virou reencarnação.
Com 3, depois 4 a 0... ah, aí foi cada maringaense desligando a TV, um por um, mais rápido que ventilador velho com mau contato. E o pior: os comentaristas falando da "superioridade técnica" do Galo como se fosse surpresa um time que paga o lanche do elenco com Pix de seis dígitos.
Mas olha, mesmo tomando essa goleada, ninguém pode dizer que a gente não tentou. Lutamos, corremos, levamos cartão amarelo até por respirar mais forte. Faltou futebol? Faltou. Mas sobrou dignidade. E olha que isso, hoje em dia, é quase título.
Agora é vida que segue. O Galo avança, o Maringá volta pra casa e a gente aqui, com o coração batendo no ritmo de quem sabe que o importante é competir. E rezar pra próxima fase da vida ser contra um time menos... milionário.
Enquanto isso, seguimos firmes: cabeça erguida, camisa lavada e esperança no peito. Porque em Maringá, meu amigo, o verde da cidade também é o da esperança. E vai que um dia a gente é o time que mete 4? Vai que...
Copa do Brasil 2025 3ª Fase - Jogo de Volta
Atlético (MG) 4x0 Maringá
Gols:
Ficha Técnica
Atlético: 22-Everson; 2-Natanael, 4-Lyanco, 6-Junior Alonso e 44-Rubens; 20-Patrick (8-Fausto Vera), 21-Alan Franco, 10-Gustavo Scarpa (38-Caio Paulista) e 28-Cuello (11-Bernard); 33-Rony (17-Igor Gomes) e 7-Hulk (37-Junior Santos).
Técnico: Cuca.
Maringá: 42-Rafael William; 13-Tito, 4-Vilar e 23-Max Miller (33-Rhuan); 11-Robertinho (26-Fernando), 14-Buga, 28-Lucas Bonifácio (5-Evanderson), 10-Léo Ceará (20-Bruno Cheron) e 7-Negueba; 9-Matheus Moraes (19-Júlio Rodrigues) e 99-Maranhão.
Técnico: Jorge Castilho.
Informações da Partida
Data: 21/05/2025 às 21h30
Local: Arena MRV, Belo Horizonte
Público: 19.853
Renda: R$ 1.035.587,85
Arbitragem:
Árbitro: Bruno Arleu de Araújo (FIFA-RJ)
Assistentes: Rodrigo Figueiredo Henrique Correa (FIFA-RJ) e Thiago Henrique Neto Correa Farinha (RJ)
VAR: Ilbert Estevam da Silva (SP)
Cartões Amarelos: 37-Junior Santos (Atlético); 23-Max Miller e 4-Vilar (Maringá)
Cartão Vermelho: 33-Rhuan (Maringá)
Próxima Partida do Dogão
Campeonato Brasileiro Série C 2025 (1ª Fase - 7ª Rodada)
Anápolis (GO) x Maringá
Data: 25/05/2025 às 19h
Local: Estádio Jonas Duarte, Anápolis
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Vinícius Mendes